sábado, 14 de março de 2015

Ciclos de Milankovitch

A Terra passou por períodos glaciar e interglaciar. Na escala de tempo das centenas de milhares de anos, a alternância entre períodos resulta, muito provavelmente, de forçamentos de natureza astronómica sobre o sistema climático resultantes de: 

  • Pequenas variações na excentricidade da órbita da Terra em torno do Sol;
  • Da variação na inclinação desse eixo relativamente à elíptica; 
  • Do movimento de precessão do eixo da terra.

A teoria de Milankovitch é baseada nas variações cíclicas destes 3 elementos que ocasionam variações da quantidade de energia solar que chega a Terra desencadeando a entrada numa era glaciar ou interglaciar.

  • Excentricidade da Órbita - A forma da órbita da Terra ao redor do sol varia entre uma elipse e uma forma mais circular; 
  • Obliquidade do Eixo de Rotação - O eixo da Terra é inclinado em relação ao sol em aproximadamente 23º. Esta inclinação oscila entre 22,5º e 24,5º;
  • Precessão - Conforme a Terra gira em torno de seu eixo, o eixo também oscila entre um sentido apontando para a estrela do Norte e outro apontando para a estrela Veja. 

O efeito combinado desses ciclos orbitais causa mudanças de longo prazo na quantidade de luz do sol que atinge a Terra nas várias estações, principalmente em altas latitudes. 

Reflexão:
Pode estar aqui um forma de explicar porque a Terra sobre estes ciclos glaciares, apesar de ainda ser apenas um início deste complexo processo.


Fonte: http://geodescobertas.blogspot.pt/2012/02/ciclos-de-milankovitch.html

Noticia: Descobertos no Alasca esqueletos de dois bebés enterrados na última glaciação

Os ossos terão sido enterrados durante o Pleistoceno e representam os restos humanos mais jovens dessa era glacial. 
Uma equipa de arqueólogos descobriu ossos de dois bebés enterrados há cerca de 11.500 anos, durante o Pleistoceno, que representam os restos humanos mais jovens dessa era glacial encontrados na América do Norte, informou na terça-feira a imprensa local.
A descoberta ocorreu em 2013 perto do rio Tanana no centro do Alaska, mas acaba de ser publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, informou hoje o diário "The Fairbanks Daily News-Miner". Em 2010, os arqueólogos tinham encontrado ossos parcialmente queimados de um menino de três anos numa grande duna de areia perto da localidade de Fairbanks, mas só três anos mais tarde se aperceberam que havia mais restos mortais a mais 38 centímetros de profundidade, na mesma zona. 
Nessa área foram encontrados os restos mortais de um bebé que morreu com cerca de seis semanas e de um feto. 
A forma da pélvis de ambos os bebés sugere poder tratar-se de meninas. O feto representa o indivíduo mais jovem pertencente à última fase do Pleistoceno descoberto até à data, segundo o estudo, liderado pelo arqueólogo Ben Potter, da Universidade do Alasca.

Reflexão: Através dos cadáveres que ficam preservados no gelo podemos ter acesso ao passado do nosso planeta, por isso os glaciares são também uma forma de viajarmos no tempo. 

Glaciações

As glaciações são fenómenos climáticos que ocorrem ao longo da história do planeta Terra. Como o próprio nome sugere é um período de frio intenso. Acontece quando a temperatura média da Terra baixa drasticamente, provocando o aumento dos glaciares nos pólos e em zonas montanhosas, próximo às regiões de neve que nunca derrete. 
Atualmente estamos em um período denominado de interglaciar. Durante os períodos de glaciação o gelo cobre 32% da terra e 30% dos oceanos.
As primeiras glaciações ocorreram possivelmente há cerca de 250 milhões de anos quando a Gondwana esteve coberta por uma camada de gelo espessa no final da Era Paleozóica. E a última glaciação, chamada de Wisconsin ou Würms, terminou à cerca de 18 mil anos tendo durado cerca de 52 mil anos. As idades do gelo, como também são chamados os períodos de glaciação, ocorrem em ciclos de aproximadamente 300 mil anos e são causadas também por alguns fatores como a órbita ou inclinação da terra em relação ao sol.
Última glaciação.
Reflexão: As glaciações são umas das provas que o nosso planeta está em constante mudança.
Foi através da última glaciação que o Homem chegou à América do Norte, pois os continentes asiáticos e americanos encontravam-se ligados através do gelo.

http://www.infoescola.com/clima/glaciacoes/
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4d/Mapa_veg_ultim_glac.png

Carta Geológica

Carta geológica é um mapa onde são encontradas informações geológicas. Devem ser mostradas informações sobre o que está por baixo da superfície terrestre. É possível, então, representar numa carta geológica com:

Carta geológica de Portugal
  • Tipo, idade relativa e localização das diferentes formações geológicas; 
  • Tipo e localização do contacto entre os diferentes tipos de litologia; 
  • Tipo e localização dos depósitos de superfície; 
  • Direcção e inclinação das rochas estratificadas; 
  • Tipo e localização de aspectos relacionados com a deformação das rochas; 
  • Base topográfica que serve de apoio à cartografia geológica.

As cartas geológicas devem também representar a coluna estratigráfica, que relaciona as várias unidades em termos cronológicos, colocando em evidência o tipo de contacto e a eventual existência de descontinuidade.

Reflexão: As cartas geológicas são úteis para a prospecção e exploração de recursos energéticos, minerais e exploração de águas subterrâneas, a selecção e caracterização de locais para a implantação de grandes obras de engenharia, estudos de caracterização e preservação do ambie
nte, estudos de previsão e de prevenção de fenómenos naturais, como, por exemplo, actividade sísmica e vulcânica e estudos científicos.

Fonte:
https://bgnaescola.files.wordpress.com/2010/02/carta_geologica_portugal1.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_geol%C3%B3gica


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Notícia: Cientistas têm uma nova teoria sobre o núcleo interno da Terra

Uma equipa de cientistas chineses e norte-americanos desenvolveu uma investigação que sugere que o núcleo interno da Terra é uma região sólida composta por duas partes, teoria que poderá fornecer novas informações sobre a origem do planeta. 

A investigação, divulgada esta terça-feira pela revista especializada britânica Nature, foi desenvolvida por especialistas da Universidade de Illinois (Estados Unidos) e da Universidade de Nanjing (China). O grupo de geofísicos acredita que o núcleo interno da Terra tem outra zona diferente no centro, ou seja, o núcleo interno do planeta integra, ele próprio, um núcleo interno. Os cientistas sugerem que a estrutura de cristais de ferro é diferente daquela que está na parte externa do núcleo.
Uma vez que não é possível uma observação direta do núcleo da Terra, os especialistas apoiaram a investigação numa nova técnica de deteção das ondas geradas pelos terramotos. A técnica permitiu analisar a forma como os ecos gerados pelos sismos mudam à medida que circulam dentro do planeta. Liderada por Xiaodong Song, professor da Universidade de Illinois, a equipa sugere que o núcleo interno da Terra, uma grande massa de ferro sólido cristalizado mais pequena do que a Lua, é composto por duas partes. Os dados das ondas sísmicas revelaram que os cristais de ferro da parte mais interna do núcleo estão alinhados em direção este/oeste. Por sua vez, os cristais de ferro que estão no núcleo designado como "exterior" estão alinhados em direção norte/sul, de forma vertical. "
O facto de estarmos a descobrir diferentes estruturas em distintas regiões do núcleo interno poderá dizer-nos alguma coisa sobre a longa história da Terra. Poderá ser a chave para a evolução do planeta", afirmou Xiaodong Song. A investigação agora divulgada aponta para que o núcleo interno possa conter cristais de diferentes estados, que se formaram em condições distintas, e que o planeta Terra terá sofrido uma mudança dramática durante esse período.
O núcleo interno da Terra, situado a cerca de 5.000 quilómetros debaixo da superfície terrestre, continua a crescer aproximadamente 0,5 milímetros por ano.

Reflexão: Após esta descoberta percebemos que foi dado mais um importante passo para percebermos e descobrimos como era o nosso Planeta no nossa e como este se formou. Esta teoria vêm completar muitas outras anteriores e contribuindo para descobertas futuras. 

Fontes: http://visao.sapo.pt/cientistas-tem-uma-nova-teoria-sobre-o-nucleo-interno-da-terra=f809801
 http://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-nucleo-interno-da-terra-tem-por-sua-vez-um-nucleo-interno-1685583

Princípios Litostratigráficos e Biostratigráficos

Princípios Litostratigráficos

Princípio da sobreposição - Numa dada sequência estratigráfica, os estratos que se encontram no topo são mais recentes que aqueles que estão na base.


 Princípio da horizontalidade - Os sedimentos que estiveram na origem dos estratos são depositados, em regra, segundo camadas horizontais. Estes são separados por superfícies planas e paralelas entre si, juntas de estratificação. As juntas de estratificação devem-se a variações do regime de sedimentação (variação litológica, climatéricas, ...) Em termos gerais, a sedimentação é realizada em ambiente continental não lacustre.


Princípio da interseção - Um filão ou uma intrusão magmática é sempre posterior às formas rochosas que atravessa.

Princípio da inclusão - Qualquer rocha que contenha elementos de outra rocha preexistente é sempre mais recente.

Princípio da continuidade lateral - Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão, independentemente da ocorrência da variação horizontal (lateral) de fácies.


Princípios Biostratigráficos

Princípio da identidade paleontológica - Rochas com o mesmo conteúdo fóssil têm a mesma idade (fósseis de idade ou fósseis característicos). Este tipo de fósseis tem que ter grande distribuição geográfica e curta distribuição estratigráfica.


Reflexão: Com esta matéria, foi-nos possível perceber as grandes possibilidades que a própria Natureza fornece ao Homem para este a conseguir estudar. Pois através do conteúdos dos estratos é possível determinar em que Período ou Era o estrato se formou, sendo também possível termos acesso ao passado da Terra.

Fonte: http://pt.slideshare.net/catir/princpios-estratigrficos

Limite K-T

O limite K-T é uma assinatura geológica, normalmente uma camada fina com aproximadamente 65,5 milhões de anos. K é a abreviatura usada para o Período Cretácico, e T é a abreviatura para o Período Terciário. Este limite marca o final da Era Mesozóica e o início da Era Cenozóica, sendo associado à extinção em massa ocorrida no evento KT. O primeiro limite K-T foi descoberto por Luis e Walter Alvarez em Gubbio, Itália no ano de 1981, estes limites podem ser encontrados em quase todo o Mundo, sendo que em Portugal não existe nenhum. No entanto, na vizinha Espanha, encontram-se cerca de sete.

Fontes: http://viveraterra.blogspot.pt/2012/01/limite-k-t.html
 http://acces.enslyon.fr/acces/terre/didacgeo/criseKT/3Limite%20KT%20Ain%20Settara%20Tunisie.jpg/view